Categoria: PREVENÇÃO

Fique atento as dicas de prevenção do câncer.

  • Mitos e verdades sobre o Câncer

    Mitos e verdades sobre o Câncer

    A palavra ‘câncer’ ainda assusta muita gente, isto porque ainda existem muitas ideias erradas sobre a doença e, infelizmente, a maioria das pessoas ainda pensa que câncer é sinônimo de morte.

     A palavra câncer tem origem latina e significa, literalmente, caranguejo. Tem esse nome, pois as células doentes atacam e se infiltram nas células sadias como se fossem os tentáculos de um caranguejo.

    Até hoje há pessoas que evitam pronunciar a palavra ‘câncer’ e atribuem à doença alguns apelidos. Isso nos mostra que a palavra já traz, em si, diversos mitos que precisam ser desconstruídos.

    Muitas vezes uma má interpretação de fatos relacionados ao câncer ou uma generalização de um caso isolado da doença acabam tornando ideias errôneas em verdades absolutas. Isso deve mudar! Mas como? Com informação!

    O câncer é contagioso?
    Mito – Mesmo o câncer causado por vírus não é contagioso, ou seja, não passa de uma pessoa para a outra por contágio como ocorre com resfriados, por exemplo. No entanto, alguns vírus oncogênicos, isto é, capazes de produzir câncer, podem ser transmitidos através do contato sexual, de transfusões de sangue ou de seringas contaminadas utilizadas para injetar drogas.

    Desenvolver um câncer é um castigo?
    Mito – Há várias causas para o câncer, sobretudo o tabagismo, o consumo exagerado de álcool, maus hábitos alimentares e sedentarismo, que são os principais responsáveis pelos casos de câncer.

    Pessoas na minha família tiveram câncer, terei também porque o câncer é hereditário?
    Mito – Em geral, o câncer não é hereditário. Há apenas alguns raros casos que são herdados, tal como o retinoblastoma, um tipo de câncer de olhos que ocorre em crianças. Entretanto, existem alguns fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais sensíveis à ação de carcinógenos, isto é, agentes que provocam o desenvolvimento de um câncer ou tumor maligno no organismo, o que explica por que algumas delas desenvolvem câncer e outras não, quando expostas a um mesmo carcinógeno ambiental. Mas, repetimos: o câncer não é comprovadamente hereditário.

    Pessoas afro-descendentes não correm risco de ter câncer de pele?
    Mito – Qualquer pessoa pode ter câncer de pele, no entanto aquelas com maior concentração de melanina na pele, como as pessoas  afro-descendentes, apresentam menor incidência de tumores de pele. Embora seja raro, podem ter câncer de pele, principalmente na palma das mãos ou na planta dos pés. Por isso, todos devem proteger-se do sol usando chapéus e filtros solares adequados.

    Câncer de pele é mais comum em pessoas com idade acima de 40 anos?
    Verdade – Os efeitos nocivos do sol são cumulativos, por isso é comum que o câncer de pele e suas lesões apareçam após os 40 anos.

    Charutos e cachimbos provocam menos câncer de pulmão que cigarros comuns?
    Mito – Tanto os cigarros como os charutos e fumo para cachimbos consistem em folhas de tabaco secas, além de outras substâncias. Dentre aquelas já identificadas no tabaco e na sua fumaça, 43 são comprovadamente cancerígenas. Como há mais fumantes de cigarros do que de charutos e cachimbos, a ocorrência de câncer por cigarro é maior, no entanto charutos e cachimbos são igualmente perigosos.

    O tabaco causa apenas câncer de pulmão?
    Mito – O hábito de fumar é a principal causa do câncer de pulmão, laringe, faringe, cavidade oral e esôfago. Também contribui para o surgimento do câncer de bexiga, pâncreas, útero, rim e estômago, além de algumas formas de leucemia.

    A destruição da camada de ozônio aumenta as chances de se desenvolver algum tipo de câncer, principalmente o câncer de pele?
    Verdade – Com a destruição da camada de ozônio, os raios UV-B e UV-C aumentam sobre a Terra. Os raios UV-B estão diretamente relacionados ao surgimento do câncer de pele e os raios UV-C são potencialmente mais carcinogênicos do que os UV-B.

    Desodorante antiperspirante pode causar câncer de mama?
    Mito – De forma alguma. Esse é um boato que circula na Internet, mas nada tem de verdadeiro. Na axila nem existem células mamárias. Não existem pesquisas ou estudos que demonstrem haver qualquer ligação entre as duas coisas. O que pode acontecer é o entupimento de algumas glândulas sudoríparas, mas isso não afeta a mama.

    Um tumor pode ser causado por um trauma, por exemplo, uma pancada durante uma batida de automóvel?
    Mito – A batida pode formar um caroço, que, em exames rotineiros, se assemelha a um câncer, mas é benigno. Outra coisa comum é que, a partir do choque, a preocupação da pessoa aumenta e, através do toque mais frequente ou outro exame, ela descobre um nódulo que já estava presente em seu corpo.

    A maior incidência de câncer de pele ocorre na cabeça, no rosto e no pescoço?
    Verdade – Isto porque estas são as áreas mais expostas à radiação solar.

    O uso de filtro solar protege contra todos os raios ultravioleta?
    Mito – Nem todos os filtros solares oferecem proteção completa para os raios UV-B e UV-A. Como eles disfarçam os sinais de excesso de exposição ao sol, as pessoas não veem as queimaduras e continuam se expondo. O problema é que radiações como as infravermelhas não são bloqueadas pelos filtros solares.

    Encontrei um nódulo em meu pescoço. Estou com câncer?
    Mito – O auto-exame da tireóide é muito importante para detectar nódulos precocemente. No entanto, localizar um nódulo na tireóide não significa que você esteja com câncer. Procure seu médico que irá solicitar exames para verificar a importância do nódulo encontrado. A maioria dos caroços encontrados na tireóide são benignos.

    Hipotireoidismo ou hipertireoidismo podem ser sintomas do câncer de tireóide?
    Mito – Todas as pessoas que têm alguma alteração na atividade da tireóide devem consultar um médico e realizar os exames para verificar a causa desta alteração. Nesta avaliação, a ultra-sonografia pode detectar um nódulo. E muitos nódulos da tireóide são benignos.

    É melhor ter vários nódulos que um só?
    Mito – Estudos indicam que o fato de ter um ou vários nódulos não influencia na gravidade da doença. É importante lembrar também que nódulo nem sempre é câncer.

    O câncer tem cura?
    Verdade – Embora a medicina indique, sempre, o tratamento individualizado e cada paciente responde de uma maneira particular às terapias, o câncer é curável, desde que diagnosticado precocemente e acompanhado corretamente.

    Andar muito de avião ou ficar sempre perto de antenas de celulares aumenta o risco de desenvolver câncer?
    Mito – Não há nenhuma comprovação científica de que radiação de celulares, microondas e aviões possam causar tumores. Telefones celulares emitem doses pequenas de radiação eletromagnética. Até o momento, os estudos feitos para determinar a relação dessa radiação com o aparecimento de câncer não mostraram nenhuma evidência de que isso ocorra, mas o assunto permanece “em aberto” e mais pesquisas são necessárias para se chegar a uma conclusão. Convém ressaltar que radioatividade em altas concentrações representa riscos para desenvolver um câncer.

    Alimentos cozidos em forno de microondas podem provocar câncer?
    Mito – As microondas não tornam o alimento radioativo, nem apresentam risco de exposição à radiação desde que usadas de acordo com as instruções. A exposição a altas doses de radiação por microondas pode ocasionar queimaduras ou cataratas nos olhos, mas a pequena quantidade que pode vazar de um forno caseiro não causa problemas.

    O câncer de próstata causa diminuição de virilidade?
    Mito – O toque retal não afeta o desempenho sexual de quem é submetido ao exame. Se a doença for descoberta ainda no início, o tratamento não influenciará a atividade sexual do paciente. Portanto não haverá riscos de perda de apetite ou desempenho sexual.

    Um paciente com câncer de próstata pode ter perda da masculinidade?
    Mito – A única alternativa médica possível para verificar se a próstata está normal ou se há alterações é realizar o exame de toque retal (pois o reto é a via natural de acesso à próstata por ter sua parede ligada a esse órgão). O exame em nada influencia a orientação sexual do paciente.

    A frequência sexual interfere na ocorrência de câncer?
    Mito – Não podemos imaginar que uma vida sexual mais ou menos ativa influencie a ocorrência da doença. Especialistas afirmam que não há relação alguma entre a frequência sexual e o surgimento do câncer. Cabe aqui informar que a atividade sexual não ajuda a proteger as mamas contra o câncer. O que pode protegê-las contra doenças mamárias é a gravidez e a lactação.

    Se eu faço o auto-exame de mamas todos os meses não preciso fazer mamografia?
    Mito – Normalmente, se você fizer o auto-exame todos os meses e visitar seu médico anualmente, uma mamografia por ano é suficiente. Nem o auto-exame, nem o exame médico, nem a mamografia são eficientes sozinhos. Alguns cânceres de mama são detectados apenas com a mamografia. Outros são detectados apenas com exame médico, por esta razão, a American Cancer Society (ACS) recomenda a mamografia, junto com o auto-exame e o exame físico feito por um profissional de saúde.

    Anemia transforma-se em leucemia?
    Mito – A leucemia causa anemia, devido à diminuição do número da fabricação das células vermelhas. Quase todas as crianças que têm leucemia apresentam anemia. Mas nem todas as que têm anemia vão desenvolver leucemia. A anemia tem diversas causas como o excesso de menstruação e má alimentação.

    Amamentar protege o peito do câncer de mama?
    Verdade – Quando o bebê mama, as células mamárias ficam ocupadas com a produção de leite e se multiplicam menos, o que reduz o risco de contrair a doença.

    Fonte: Instituto Oncoguia

  • Prevenção não tira férias: Mulher prevenida marca presença no Ginecologista

    Os tumores ginecológicos estão entre as principais causa de morte por câncer e a falta de informação é o pior inimigo. O aparelho reprodutor feminino é constituído pelos ovários, útero, trompas, endométrio (localizado dentro do útero), vagina e vulva, e a dica do A.C.Camargo para as mulheres é aproveitar as férias para fazer a consulta anual com o ginecologista, se informar, conhecer melhor o seu corpo e tirar todas as dúvidas.

    câncer de ovário, mais comum em mulheres na menopausa, é silencioso, o que dificulta o diagnóstico e eleva as estatísticas: 75% dos casos são descobertos quando a doença já está avançada. Os sintomas são comuns a várias outras doenças, como dor abdominal ou na região pélvica, aumento de volume abdominal, azia, aumento da frequência urinária, dor lombar, prisão de ventre, náusea e sangramento.

    Já o principal sintoma do câncer de endométrio é o sangramento uterino anormal, ocorrendo em aproximadamente  95% dos casos. Este tipo de câncer é o 5º mais comum entre as mulheres brasileiras e o segundo dentre as causas ginecológicas. Por meio da biópsia, a maioria dos casos é diagnosticada no estágio inicial, que aliado ao tratamento correto aumenta as taxas de sobrevida das pacientes.

    tumor na vulva é uma neoplasia rara, responsável por 0,5% de todos os cânceres nas mulheres e 5% dos tumores ginecológicos. Atingindo a parte externa do aparelho reprodutor feminino, os principais sintomas são prurido, ardência, sangramento, nódulo ou ulceração e áreas de pele com cor e textura alteradas.

    câncer de colo do útero merece uma atenção especial, pois é a segunda neoplasia maligna mais frequente entre mulheres no mundo. De acordo com Dr. Glauco Baiocchi Neto, Diretor do Departamento de Ginecologia Oncológica do A.C.Camargo, “o principal motivo é a falta de um programa de prevenção adequado”. O vírus do HPV é o fator causal do câncer de colo de útero em 99,7% dos casos.

    Os principais sintomas são: aparecimento de secreção, corrimento ou sangramento vaginal incomum, sangramento leve e/ou fora do período menstrual, e sangramento ou dor após a relação sexual, exame ginecológico ou ducha íntima.

    exame de Papanicolaou é um dos mais importantes exames para prevenção da saúde da mulher. “O objetivo principal desse exame é diagnosticar as lesões pré-malignas da doença. Ele permite, através de uma amostragem de células coletadas do colo do útero, detectar células anormais pré-malignas ou cancerosas. É fundamental que a mulher tenha a disciplina de marcar anualmente sua consulta com um ginecologista e realizar os exames preventivos”, afirma o oncologista.

    Para a prevenção dos tumores ginecológicos, além da realização dos exames anuais, não há muito segredo. Deve-se adotar uma alimentação rica em fibras, frutas, legumes e verduras, pobre em carnes vermelhas e gorduras, praticar exercícios físicos, não fumar, fazer os exames de rotina e praticar sexo seguro. Conheça melhor suas curvas antes de se aventurar em novas estradas.

    Fonte: Hospital A. C. Camargo

  • PREVENÇÃO: Câncer de Boca

    PREVENÇÃO: Câncer de Boca

    A estimativa do INCA é de 9.990 casos novos de câncer da cavidade oral em homens e 4.180 em mulheres, para o Brasil, este ano. Esses números correspondem a um risco estimado de 10 casos novos para cada 100 mil homens e quatro para cada 100 mil mulheres. Em 2009, foram notificados 6.510 óbitos pela doença, sendo 5.136 homens e 1.394 entre mulheres.

    O INCA atualizou as diretrizes para a detecção precoce do câncer de boca.  A cirurgiã-dentista Adriana Atty, da Divisão de Ações de Detecção Precoce do INCA, explica que a grande maioria das pessoas não consegue diferenciar lesões potencialmente malignas de áreas anatômicas normais. Essa dificuldade pode acabar desfavorecendo a detecção precoce. “Sem conseguir perceber a diferença, a pessoa corre o risco de negligenciar lesões potencialmente perigosas, o que pode levar ao diagnóstico tardio da doença”, justifica.

    Para a detecção precoce da doença, o Instituto recomenda procurar de imediato um dentista ou médico caso surja lesão na boca que não cicatrize em até 15 dias. “O profissional fará um exame completo e, se a lesão for suspeita para câncer, encaminhará o paciente para um especialista, que pode ser um estomatologista”, diz Adriana.

    A estomatologia é uma especialidade da odontologia cuja finalidade é prevenir, diagnosticar e tratar doenças que se manifestam na cavidade bucal e no complexo maxilo-mandibular, como afta recorrente, herpes e câncer, entre outras.

    Segundo Adriana, pessoas que fumam e aquelas consumidoras frequentes de álcool devem ter cuidado redobrado. O professor da Faculdade de Odontologia da Universidade estadual do Rio de Janeiro e chefe da Seção de Estomato-odontologia e Prótese do INCA, José Roberto Pontes, reforça que, se diagnosticado no início e tratado da maneira adequada, cerca de 80% dos casos de câncer de boca têm grande possibilidade de cura.

    O câncer de boca inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral: mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua e assoalho da boca. Assim como a maioria dos tipos de câncer, o de boca tem relação com fatores ambientais, como a escolha de estilos menos saudáveis de vida.  De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 90% dos pacientes com câncer oral são tabagistas. O consumo regular de bebidas alcoólicas também pode levar ao desenvolvimento da doença, e a associação entre cigarro e álcool potencializa esse risco. Investigações epidemiológicas comprovam que o vírus HPV (sigla em inglês para papiloma vírus humano) também está relacionado a alguns casos de câncer de boca. Além desses, existem dois outros importantes fatores observados em pacientes com câncer de boca: higiene bucal deficiente e dieta pobre em proteínas, vitaminas e minerais, porém rica em gorduras. Em geral, o tratamento do câncer de boca é feito com cirurgia e radioterapia, de forma isolada ou associada. Em alguns tipos também é usada a quimioterapia. Pontes, que é estomatologista, explica que ambas as técnicas apresentam bons resultados no caso de lesões iniciais. “A indicação para esse ou aquele tratamento depende do tipo histológico, da localização e do estadiamento do tumor”, conclui.

    O tratamento do câncer de boca é multidisciplinar, podendo envolver, além dos profissionais de odontologia e cirurgia de cabeça e pescoço, fonoaudiólogo, nutricionista, fisioterapeuta, enfermeiro, assistente social e psicólogo.  Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço mostram que, na maioria dos casos, a doença só é descoberta quando já se encontra nos estadios II ou III, ou seja, em fase adiantada. Outro dado importante: o câncer e cavidade oral representam 40% dos casos dos cânceres de cabeça e pescoço.

     Maior Participação da odontologia na Prevenção

    Pontes e Adriana defendem que é necessária a participação cada vez maior do profissional de Odontologia no diagnóstico precoce da doença. “Todo dentista deve entender a cavidade bucal como região anatômica complexa que é. Por isso, é necessário capacitar o profissional para que ele avalie possíveis alterações e lesões potencialmente malignas”, aconselha Pontes. Na grade curricular do curso de graduação a disciplina Estomatologia dá ênfase à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer de boca.

    O estomatologista argumenta ainda que cabe aos gestores municipais de Saúde organizar o serviço de saúde bucal e investir na capacitação dos dentistas, para que eles identifiquem prontamente lesões suspeitas. “Isso vai contribuir para aumentar as chances de cura”, afirma. Pontes e Adriana são a favor de que os profissionais de Odontologia, da atenção básica até os serviços especializados, participem da discussão para a melhoria dos serviços oferecidos. Especialistas de unidades que atendem pacientes com câncer de boca pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que concordam com o abandono do autoexame e do rastreamento populacional como forma de detecção precoce da doença apresentam diferentes sugestões de ações. De acordo com o professor do departamento de estomatologia da Universidade Federal do Paraná e PhD em Medicina Oral Cassius Torres-Pereira, para reduzir o número de casos e a taxa de mortalidade pelo câncer de cavidade oral é preciso intensificar a campanha deorientação à população sobre os malefícios do tabaco.  Segundo ele, também é importante que o profissional de Odontologia tenha um olhar vigilante sobre o paciente, principalmente naqueles que fazem parte do grupo de maior risco.“O dentista deve conversar com o paciente e descobrir se há histórico de exposição solar, tabagismo ou etilismo. Ir além da questão da saúde do dente, ver o paciente na sua especialidade, mas ter uma visão mais geral. É esse olhar mais amplo de saúde que está faltando”, acredita.

    Os principais sintomas do câncer de boca são lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam no prazo de 15 dias; manchas ou placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengiva, céu da boca e bochecha; nódulos no pescoço; e rouquidão persistente.

    Nos estágios mais avançados da doença, o paciente apresenta dificuldade para mastigar, engolir e para falar; e sensação de que há algo preso na garganta.

     

    Fonte: INCA

     

    Carolina Miranda Tetzner
    Assistente Social
    CRESS 45067

  • CÂNCER DE PULMÃO

    A Doença

    O câncer de pulmão é o mais comum de todos os tumores malignos (1,4 milhão de novos casos de câncer pulmonar/ano) e a principal causa de mortalidade relacionada ao câncer (1.179.074 mortes/ ano). O INCA estima que em 2011 cerca de 27 mil pessoas serão diagnosticadas com câncer de pulmão no Brasil, também o tipo que mais mata pessoas no país. O tumores malignos do epitélio pulmonar, do ponto de vista anatomo-patológico, são classificados em 2 tipos principais:

    1. A.    Pequenas células
    2. B.    Não-pequenas células (85%)

    O tumor de células não-pequenas corresponde a um grupo heterogêneo composto de três tipos histológicos principais e distintos: carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células, ocorrendo em cerca de 75% dos pacientes diagnosticados com câncer de pulmão. Dentre os tipos celulares restantes, destaca-se o carcinoma indiferenciado de células pequenas, com os três subtipos celulares: linfocitóide (oat cell), intermediário e combinado (células pequenas mais carcinoma epidermóide ou adenocarcinoma).

    Causas

    Associação causal entre tabagismo e câncer de pulmão. Em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco.

    Fatores de risco primários relacionados ao tabaco:

    • tempo de exposição(quantos anos de tabagismo); número de cigarros por dia; idade do início do hábito de tabagismo; tipo de cigarro fumado; profundidade de inalação; história familiar de câncer de pulmão; susceptibilidade a mutações ao acaso.

    Os fatores de risco secundários:

    • exposição a radiações ionizantes; fumantes passivos; riscos ocupacionais(asbestos-amianto); Influência de presença de vírus de HPV no tecido tumoral.

    Prevenção

    Uma vez que o consumo de derivados do tabaco está na origem de 90% dos casos, independentemente do tipo, não fumar é o primeiro cuidado para prevenir a doença. Comparados com os não fumantes, os tabagistas têm cerca de20 a30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão. Exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, deficiência e excesso de vitamina A, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos (que predispõem à ação carcinogênica de compostos inorgânicos de asbesto e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos) e história familiar de câncer de pulmão favorecem ao desenvolvimento desse tipo de câncer.

    Sintomas

    Os sintomas mais comuns do câncer de pulmão são a tosse e o sangramento pelas vias respiratórias. Nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns para o paciente. Pneumonia de repetição pode, também, ser a manifestação inicial da doença.

     Diagnóstico

    A maneira mais fácil de diagnosticar o câncer de pulmão é através de raio-X do tórax complementado por tomografia computadorizada. A broncoscopia (endoscopia respiratória) deve ser realizada para avaliar a árvore traquebrônquica e, eventualmente, permitir a biópsia. É fundamental obter um diagnóstico de certeza, seja pela citologia ou patologia.

    Uma vez obtida a confirmação da doença, é feito o estadiamento, que avalia o estágio de evolução, ou seja, verifica se a doença está restrita ao pulmão ou disseminada por outros órgãos. O estadiamento é feito através de vários exames de sangue e radiológicos, como dosagens enzimáticas e ultrassonografia, respectivamente.

    Fonte: https://www.lilly.com.br/Areas_Terapeuticas/Cancer_de_Pulmao

     

    Roberta L. V. Contini
    Biologa / Acupunturista/Auriculoterapeuta

  • Atenção Homens chegou a sua vez: Previna-se contra o Câncer de Próstata

    Atenção Homens chegou a sua vez: Previna-se contra o Câncer de Próstata

    A próstata é uma glândula auxiliar do sistema genital masculino, localizada na frente do reto e embaixo da bexiga urinária. A próstata tem praticamente o tamanho de uma noz e pesa entre 15 e 30 gramas. É também dentro da próstata que ocorre a transformação do principal hormônio masculino (a testosterona) em diidrotestosterona, que controla o crescimento da glândula. Além da próstata, outras glândulas sexuais importantes nos homens são os testículos e as vesículas seminais. Juntas, essas glândulas secretam os fluidos que compõem o sêmen.

    A função da próstata é produzir o fluído que protege e nutre os espermatozóides no sêmen. Este líquido produzido pela próstata é importante para a vitalidade dos espermatozóides na fecundação. Pode-se dizer, então, que as glândulas secretam fluídos e a próstata fabrica parte do fluído (sêmen) liberado no clímax do ato sexual. A próstata precisa de hormônios dos testículos para funcionar e caso esses hormônios masculinos estejam baixos, pode provocar o encolhimento da próstata. O fluído das glândulas é produzido no epitélio.

    Nas glândulas, o epitélio é envolvido por um tecido, chamado estroma. Na próstata, este estroma contém fibras musculares, que podem influenciar os sintomas produzidos pelos distúrbios prostáticos. Tanto o epitélio como o estroma crescem com o aumento da próstata.

    Embora a próstata tenha a aparência de um único órgão, na realidade ela tem duas partes distintas, cada uma delas sujeita a diferentes doenças. Isso pode parecer um pouco complicado, mas ajuda a compreender os problemas causados na próstata, e como eles são tratados, se ela for vista como consistindo em uma parte interna e outra externa, ambas constituídas por glândulas (epitélio) envolvidas por tecido (estroma) contendo músculo.

    Perto da próstata há dois músculos importantes chamados esfíncteres que controlam a bexiga impedindo a perda de urina. Eles também ajudam a eliminar o esperma no ato sexual. O músculo abaixo da próstata, chamado esfíncter externo da bexiga, é particularmente importante para prevenir a perda de urina.

    A próstata aumenta pouco na puberdade, atinge aproximadamente 20 gramas por volta dos 20 anos de idade e cresce em média 0,4gramas por ano a partir dos 30 ou 40 anos. Este aumento não significa câncer. Mas, geralmente causa problemas porque estreita a uretra provocando obstrução do fluxo da urina. O importante é você cuidar bem de sua saúde e visitar um urologista assim que perceba qualquer alteração na próstata.

    Já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis. Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar

    Fonte:
    http://www.oncoguia.org.br/conteudo/a-prostata/770/149/
    http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/prostata/prevencao

  • Verão ou inverno, o risco de Câncer de pele está sempre presente.

    É hora de verificar sardas, manchas, pintas e sinais!

    Conforme dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), cerca de 6 mil brasileiros, têm Melanomas diagnosticados e é o mais perigoso, sendo o terceiro tipo de câncer de pele, e o número de casos não para de crescer.

    Como reconhecê-lo:
    O primeiro sintoma de melanoma costuma ser alguma alteração numa pinta ou surgimento de sinal. Procure um médico ao notar mudança de:

    Cor: deve-se ficar alerta a pintas ou sinais com cores variadas (marrom, preto, azul, vermelho, branco ou cinza) ou duas cores.
    Tamanho: se desconfiar de um pinta, ou sinal, observe por três meses. Se ela mudar de aspecto, procure o especialista.
    Formato: borda irregular, forma assimétrica, aumento de espessura e crescimento são alguns sintomas. Coceira e sangramento também servem de alerta.

     Principais formas de se proteger contra o Melanoma:

    • Não saia ao sol quando o índice de UV estiver acima de 3 (entre 10h e 15h e, no horário de verão, entre 11h e17h) sem a devida proteção solar;

    • Aplique o protetor solar 30 minutos antes da exposição e reaplique-o a cada 2 horas;

    • Na pele exposta, use protetor solar de amplo espectro e FPS de no mínimo 30;

    • Use chapéu, roupas adequadas (de preferência com foto-proteção) e óculos de sol;

    • Fique a sombra sempre que possível;

    • Use óculos de sol de boa qualidade, com certificação do Inmetro;

    • Não faça bronzeamento artificial;

    • Faça o auto-exame de verificação em casa;

    • Visite um médico dermatologista ao menos uma vez ao ano.

    Curiosidades a respeito do Bronzeamento Artificial

    As câmaras de bronzeamento artificial emitem até três vezes mais radiação UV do que o sol do meio-dia no verão. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), os usuários dessas câmaras com menos de 35 anos correm um risco de 75% maior de terem melanoma. A Alemanha, a França e a Áustria proíbem o uso por menores de 18 anos. As legislações de alguns países limitam a quantidade de UVB (componente mais perigoso da radiação UV) emitido pelas câmaras. No Brasil, elas foram totalmente proibidas pela ANVISA.

    Roberta L. Vigano Contini
    Bióloga e Acupunturista

    Fonte: Revista Seleções – Março/2012, por André Bernardo.
  • JANEIRO: mês de conscientização do Câncer do Colo do Útero

    JANEIRO: mês de conscientização do Câncer do Colo do Útero

    Tão importante quanto a prevenção, a concientização é necessário para evitar o aumento no número de casos da doença, por este motivo a AAPCI iniciou a campanha conscientização sore o Câncer de Colo de Útero.

  • Drenagem linfática manual nas cirurgias de mama (mastectomias)

    A retirada dos linfonodos (ou gânglios linfáticos) axilares nas cirurgias de mama, além de diminuir a defesa, altera a circulação da linfa na região operada e no braço do mesmo lado. A linfa é um líquido incolor, transparente, que circula em vasos linfáticos, é filtrada pelos linfonodos e posteriormente devolvida ao sangue próximo ao coração. Com a remoção dos linfonodos, a passagem da linfa fica mais difícil, lenta e ela pode, às vezes, começar a se acumular no braço, no ombro e no tronco do mesmo lado da cirurgia, sendo que a região vai se tornando mais inchada e pode se instalar o linfedema.Felizmente, o corpo humano tem outras vias de passagem do líquido. Essas vias acessórias – ou vasos linfáticos acessórios – ficam inativas em situações normais, mas podem ser ativadas quando houver necessidade. Para ativar ou estimular estes vasos é preciso utilizar uma massagem especial: é a drenagem linfática manual. A técnica desta desta massagem utiliza- se manobras manuais sempre rítmicas ,suaves, lentas e devem seguir uma direção específica em cada caso particular e realizada por um fisioterapeuta habilitado.

    Deve-se iniciar a fisioterapia já nos primeiros dias após a cirurgia, pois a paciente obterá mais rapidamente a recuperação de movimentos e a remissão da dor. Esse programa de fisioterapia oncológica utiliza recursos como exercícios específicos com o objetivo de recuperar os movimentos e aliviar dores e inchaço. Ressalta-se, no entanto, a importância da drenagem linfática manual, sendo que esta, que tem como objetivo específico o restabelecimento da circulação linfática local e a absorção de líquido e toxinas acumulados, cumpre também outras funções: auxilia o alívio da dor, mobiliza os tecidos traumatizados diminuindo a restrição que estes podem oferecer aos movimentos e possibilita maior bem estar.

     Tatiana Degaspari Zanetti

    Fisioterapeuta
  • O Tai Chi e o Câncer

    O Tai Chi e o Câncer

    Essa arte marcial é venerada por aliviar sintomas decorrentes de um tumor. Influencia até mesmo na cognição.

    Por mais que a luta contra esse mal tenha evoluído nos últimos anos, o próprio tratamento acaba gerando conseqüências desagradáveis ao paciente, como dores, dificuldades de locomoção e desequilíbrio emocional. Todos esses fatores, ainda bem, podem ser amenizados pelo tai chi chuan. O que não se sabia era que essa forma de exercício resguardaria inclusive a capacidade cognitiva dos doentes, que corre o risco de ser afetada por causa de certos remédios e até pelo próprio abalo vindo do transtorno.

     As Limitações Causadas por um Tumor

     “Em mulheres passando por quimioterapia que praticaram a arte marcial por três meses, duas vezes na semana, houve um incremento na atenção, na memória e na fala”, garante Stephanie Reid-Arndt, psicóloga da Universidade do Missouri nos Estados Unidos.

     “Por consistir em ações suaves, o tai chi chuan é ideal para os indivíduos com câncer, que experimentam fadiga e perda de vigor físico”, esclarece Stephanie. Mesmo assim, determinadas posições exigem flexibilidade, algo que o paciente eventualmente não possui. Isso, contudo, não é um problema – dá pra adaptar os movimentos com base nas restrições de cada um.

    Roberta L. V. Contini
    Bióloga e Auriculoterapeuta

    Fonte: Revista Saúde – Outubro/2011, nº342