Quando os jovens têm câncer

“Setenta mil pessoas, entre 15 e 40 anos, recebem todos os anos o diagnostico de câncer nos Estados Unidos, o que significa um caso a cada oito minutos”.

Esse é o texto de abertura do site de uma organização não governamental americana.

 Até a última década, o câncer era uma doença de dois extremos: acontecia na infância ou após os 60 anos.

 Os tumores mais comuns entre os adultos jovens são o Linfoma, a Leucemia e os Cerebrais.”, mas os de testículo e mama também podem ocorrer, conforme o Instituto do Câncer.

 Um estudo realizado no Hospital do Câncer A. C. Camargo, em São Paulo, mostrou que o câncer de mama, por exemplo, está atingindo quatro vezes mais mulheres jovens que no passado. O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo apontou que entre as 2.573 pacientes atendidas pela instituição nos últimos três anos, 15% tinham menos de 45 anos.

 A boa noticia é que existem tratamentos possíveis para boa parte deles. A quimioterapia e a radioterapia, apesar de eficientes, muitas vezes afetam não apenas as células cancerosas, mas também as sadias, inclusive aquelas ligadas à fertilidade. Por conta disso, antes do tratamento, entre os homens é indicado o congelamento do sêmen, e entre as mulheres, o congelamento de óvulos.

 É preciso ter cuidado, também, com a toxicidade à qual esses pacientes são expostos durante o tratamento. O objetivo é evitar que essa exposição possa, no futuro, causar outro tipo de câncer. Por isso, quem teve a doença precisa de um acompanhamento nos cinco anos seguintes ao fim do tratamento. E, aos poucos, a vida retorna seu rumo.

Roberta L. Vigano Contini
Bióloga e Auriculoterapeuta

Fonte: Revista Veja, Editora Abril, edição 2225
ano 44 – nº 28 – Julho de 2011. Página 47
Einstein. www.einstein.br

 

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